Estatísticas a parte, a conseqüência lógica do desarmamento civil é que o bandido armado vai conseguir seu instrumento de trabalho de qualquer maneira. No entanto, o cidadão de bem fica impedido da possibilidade de defender-se, pois, por definição, o primeiro comete uma ilegalidade, mas o segundo não. Suponhamos que um integrante do PCC tivesse conhecido uma cidadezinha no interior do Mississippi ou do Kentucky e lhe fosse perguntado: "Onde você preferiria cometer um assalto a mão armada: numa mansão no Morumbi ou numa casa bacana de um caipira 'ignorante e retrógrado' do interior daqueles estados?" A probabilidade de ser surpreendido com um contra-ataque tão ou mais feroz no primeiro caso é infinitamente menor do que no segundo. O crime é um negócio como qualquer outro; é preciso contrapor riscos e benefícios.
Ademais, em 2012, praticamente no mesmo dia em que o desequilibrado Adam Lanza executou a tiros 20 crianças e 6 adultos na escola americana Sandy Hook, Min Yongjun esfaqueou 23 crianças e uma mulher idosa na província chinesa de Henan. Pergunto: depois de proibir a compra de revólveres, deveríamos também proibir peixeiras, tacos de beisebol ou gasolina e fósforos? Aliás, amantes da paz, como Mao e Stalin, sempre foram veementemente a favor do desarmamento da população. É muito mais fácil atacar e dominar quem basicamente não tem como se defender.
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